Estação Ecológica do
A
Estação Ecológica do Taim situa-se na estreita faixa de terra entre o Oceano
Atlântico e a Lagoa Mirim, ao Sul do Rio Grande do Sul, nos municípios de Santa
Vitória do Palmar e Rio Grande. Seu território de 33.935 hectares também
inclui a ilha de Taquari, localizada na Lagoa Mirim, próxima à divisa entre o
Brasil e o Uruguai. Esta parte da estação dispões de 155 hectares, com a
predominância de banhados e lagoas. O acesso ao Taim é pela BR-471, estrada que
atravessa a área da estação no sentido oeste. No quilômetro 65 desta rodovia
fica a sede administrativa da unidade de conservação.
Desde antes da sua implantação em Julho de 1986, a Estação Ecológica do Taim
recebe cientistas de várias partes do Brasil e exterior. O professor Tuiskon
Dick, que chefiou durante anos as operações de pesquisa da Universidade Federal
do Rio Grande do Sul(Ufrgs) no Taim, avalia que foram desenvolvidos mais de uma
centena de trabalhos de doutorado e mestrado dentro da estação. Muitas espécies
novas acabaram sendo descobertas pelos pesquisadores. A cada sistema de
barreira-laguna, por exemplo, há uma espécie diferente de tuco-tuco, um roedor
parecido com um ratinho, que vive nas dunas. A diferença entre eles é
determinada pelos diferentes graus de evolução geológica.
A área da Estação Ecológica do Taim ficava na parte central de um antigo canal
que ligava a Lagoa Mirim ao Oceano Atlântico. Hoje este canal está preenchido
por banhados, lagoas, campos secos e várzea, matas de restinga e palustres, um
extenso cordão de dunas e praias litorâneas. A combinação desses elementos cria
uma riquíssima variedade de vida e um enorme potencial de alimento para o
sustento da fauna. Na costa marítima vivem gaivotas, trinta-réis,
andorinhas-do-mar, maçaricos, batuíras. Muitas destas aves são migratórias do
Hemisfério Norte e do Sul e passam também pela Lagoa do Peixe, que fica ao norte
do Taim.
Nos ecossistemas límnicos(banhados e lagoas), que ocupam cerca de 60% da
estação, destacam-se roedores herbívoros de grande porte, como a capivara e o
ratão-do-banhado, também chamado de nútria. Neste ambiente formado especialmente
de juncos, ainda há presença de tartarugas e peixes, como jundiá, traíra,
peixe-rei e o tamboatá, que é capaz de deixar a água e se locomover entre
banhados. Entre as aves que frequentam o banhado estão a capororoca, o tachã, o
colhereiro, a garça-moura, o cabeça-seca, o socó, além do cisne-de
pescoço-preto, único cisne verdadeiro existente na América do Sul.
Nas
altitudes um pouco acima do banhado ficam as matas de restinga e os campos.
Neste ambiente mais seco, figueiras, aroeiras, corticeiras, entre outras
árvores, servem de suporte para várias espécies de bromélias e orquídeas. Aí
vivem mamíferos como o gambá-de-orelha-preta, o zorrilho, o mão-pelada e o
gato-do-mato-grande.
A formação geológica da região do Taim é relativamente recente. Enquanto a
crosta sólida da terra apresenta em torno de 2 a 3 bilhões de anos, a planície
costeira rio-grandense, onde está localizado o Taim, tem de 3 a 4 mil anos. Os
618 quilômetros do litoral gaúcho foram constituídos a partir dos movimentos de
recuo e avanço do mar. Durante estas transformações, vastas extensões do oceano
ficaram retidas, dando origem ao maior complexo de lagunas da América do Sul,
compostos pelas lagoas dos Patos, Mirim e Mangueira, além de banhados e lagoas
menores. Esta formação se estende até os Bañados del'Leste, na província de
Rocha, no Uruguai e integra a Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, reconhecido
pela Unesco.
Uma das funções de uma estação ecológica como a do Taim, é servir de área para
pesquisa. ela foi uma das primeiras do Brasil a ser destinada para esta
finalidade. Por isso, em tese, é proibida a visitação, a presença de gado, a
exploração de recursos naturais(exceto para investigações científicas) o uso de
armas, o corte de árvores a a captura de animais.
Atualmente(1999) foi implantado na Estação Ecológica do Taim, uma cerca que
beira a estrada que atravessa a estação, com a finalidade de impedir que os
animais atravessem a faixa, sendo atingidos por automóveis que não respeitam a
velocidade imposta. Foram construídos também tubulações que passam por baixo da
estrada, que auxiliam os animais na travessia desta.
Fonte: http://atlas.ucpel.tche.br/~hohendor/teste2.htm .
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